Home Uncategorized Cidadãos moçambicanos “invadiram” Facebook de João Lourenço exigindo que não interfira no conflito em curso?

Cidadãos moçambicanos “invadiram” Facebook de João Lourenço exigindo que não interfira no conflito em curso?

O Presidente de Angola, João Lourenço, lê a mensagem sobre o Estado da Nação no início do ano parlamentar, com a segunda sessão legislativa da V legislatura da Assembleia Nacional, em Luanda, Angola, 16 de outubro de 2023. Assembleia Nacional conta com 220 deputados, distribuídos pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que detém a maioria absoluta, com 124 parlamentares, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com 90, e o Partido da Renovação Social, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e o Partido Humanista de Angola, com dois deputados cada. AMPE ROGÉRIO/LUSA
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Depois da entrevista que o candidato presidencial Venâncio Mondlane concedeu à CNN Portugal, em que acusou o Serviço de Informação e Segurança do Estado de Moçambique (SISE) de estar a trabalhar com o Serviço de Inteligência e Segurança de Estado de Angola (SINSE) para rastrear suas chamadas e identificar o local em que se encontra, as redes sociais estão a ser inundadas com a informação de que alegadamente cidadãos moçambicanos “invadiram” a página do Facebook do Presidente angolano, exigindo nos comentários que os deixe resolver sozinhos o conflito pós-eleitoral. Verdade ou mentira?

“Após Venâncio Mondlane ter feito uma denuncia ontem no canal português “CNN Portugal” que sofreu tentativa de morte por parte do SINSE [Serviço de Inteligência e Segurança de Estado de Angola], na Africa do Sul, vários moçambicanos invadiram as páginas do presidente angolano João Lourenço e o seu partido MPLA”, afirmou um internauta no Facebook.

Na publicação acompanhada de vários screenshots, o internauta garantiu ainda que “nestes instantes os moçambicanos estão a inundar a página oficial do Presidente [de Angola] com comentários, e não termina por aí, para além de comentários, os moçambicanos estão denunciar a página de João Lourenço para que seja banida do Facebook”.

O que está em causa?

Depois da entrevista que o candidato presidencial Venâncio Mondlane concedeu à CNN Portugal, em que acusou o Serviço de Informação e Segurança do Estado de Moçambique (SISE) de estar a trabalhar com o Serviço de Inteligência e Segurança de Estado de Angola (SINSE) para rastrear suas chamadas e identificar o local em que se encontra, as redes sociais estão a ser inundadas com a informação de que alegadamente cidadãos moçambicanos “invadiram” a página do Facebook do Presidente angolano, exigindo nos comentários que os deixe resolver sozinhos o conflito pós-eleitoral. Verdade ou mentira?

“Após Venâncio Mondlane ter feito uma denuncia ontem no canal português “CNN Portugal” que sofreu tentativa de morte por parte do SINSE [Serviço de Inteligência e Segurança de Estado de Angola], na Africa do Sul, vários moçambicanos invadiram as páginas do presidente angolano João Lourenço e o seu partido MPLA”, afirmou um internauta no Facebook.

Na publicação acompanhada de vários screenshots, o internauta garantiu ainda que “nestes instantes os moçambicanos estão a inundar a página oficial do Presidente [de Angola] com comentários, e não termina por aí, para além de comentários, os moçambicanos estão denunciar a página de João Lourenço para que seja banida do Facebook”.

Outro utilizador daquela rede social chegou a dar como certo que a página de João Lourenço já teria sido mesmo penalizada pelo Facebook na sequência dos comentários por parte dos moçambicanos: “(…) o Facebook acabou de eliminar uma publicação do Presidente angolano por causa de elevadas denúncias.”

Mas será verdade que moçambicanos invadiram o Facebook de João Lourenço?

A resposta é positiva. Através de uma pesquisa na página oficial do Presidente angolano, conclui-se que muitos cidadãos moçambicanos, algumas vezes usando palavras grosseiras e obscenas, têm vindo a apelar para que não se imiscua nos assuntos relacionados com o processo eleitoral de Moçambique, que deu vitória à Frelimo, partido que governa o país há 49 anos, e ao seu candidato presidencial Daniel Chapo. O pedido de não interferência surge na sequência das denúncias feitas por Venâncio Mondlane na entrevista que concedeu à CNN Portugal, em que garantiu que as forças de inteligência de Angola e de Moçambique têm trabalhado juntas para o localizar.

“A informação que me chega é que o SISE [Serviço de Informação e Segurança do Estado], que é a força de inteligência de Moçambique, está a trabalhar com o SINSE [Serviço de Inteligência e Segurança de Estado], que é a inteligência de Angola, para rastreamento das minhas chamadas e do local onde estou. Também sei muito bem que estão, neste momento, à procura de cooperação internacional para me localizarem”, denunciou Venânci

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