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Angola com perto de 1.000 áreas minadas conhecidas

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Angola conta atualmente com 975 áreas minadas conhecidas, representando uma superfície de 60 milhões de metros quadrados, com as províncias do Moxico, Moxico Leste, Bié, Cuando, Cubango e Cuanza Sul no topo das preocupações, disse hoje fonte oficial.

Os dados foram avançados pelo diretor-geral da Agência Nacional de Ação contra as Minas (ANAM) de Angola, brigadeiro Leonardo Sapalo, segundo o qual a instituição e parceiros têm descoberto novas áreas minadas em várias localidades do país.

Dado o “número considerável” de áreas por desminar, Angola “vê-se forçada” a apresentar o terceiro pedido de prorrogação do prazo de cumprimento de desminagem de todas as áreas minadas conhecidas, afirmou.

Leonardo Sapalo afirmou que a prorrogação do prazo surge ao abrigo da Convenção sobre a Proibição do Uso de Minas Antipessoal (Tratado de Ottawa), uma vez que Angola está “a escassos meses para o término do período vigente para o cumprimento das obrigações desta Convenção”.

O responsável, que falava durante um encontro intitulado “Angola sem minas em oportunidades e desafios”, promovido pela ANAM e pela Embaixada da Bélgica em Angola, referiu que o custo estimado para a conclusão da desminagem no país “ainda é elevado”.

Sem revelar números, assegurou, no entanto, que o executivo angolano “continuará a mobilizar e disponibilizar recursos necessários, contando igualmente com o valioso apoio da comunidade internacional”.

Segundo Sapalalo, a diminuição de acidentes com minas e outros engenhos explosivos, a livre circulação de pessoas e bens, o reassentamento das populações e extensão dos centros urbanos, a expansão e acesso às terras para a agricultura e pastorícia e a desminagem de áreas para a construção de infraestruturas públicas estão entre as conquistas de Angola após a ratificação do Tratado de Ottawa em julho de 2002.

“Estas ações demonstram o empenho do Governo de Angola e seus parceiros em cumprir com as obrigações inerentes à Convenção e garantir que as populações possam ter acesso a terra e usá-la de forma segura”, frisou.

O embaixador da Bélgica em Angola, Stéphane Doppagne, garantiu, na sua intervenção, apoio contínuo aos esforços das autoridades angolanas no processo de desminagem do país africano lusófono, manifestando esperança de uma “Angola próspera e livre de minas”.

“Essa esperança que inspira foi capturada de forma poderosa e são testemunho da resiliência do povo angolano e da sua determinação em construir um futuro melhor”, referiu o diplomata belga, cujo país é um dos principais financiadores do programa de ação contra as minas em Angola.

LUSA

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