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Álvaro Sobrinho vai ser mesmo julgado em Portugal

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Ele é acusado de 18 crimes: Abuso de confiança, e cinco de lavagem de capitais, e de desviar centenas de milhões de euros

O antigo banqueiro angolano Álvaro Sobrinho começa ser julgado a partir de 29 de abril pela justiça portuguesa, no caso Banco Espírito Santo, juntamente com o antigo presidente daquela instituição Ricardo Salgado.

O antigo presidente do Banco Espírito Santo Angola (BESA) é acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de lavagem de capitais, entre 2007 e julho de 2014, e, ainda segundo o Ministério Público, apropriou-se de centenas de milhões de euros.

A informação foi avançada na terça-feira, 26, pela estação televisiva SIC, que no dia 20, falou com Sobrinho quem confirmou que estará presente no julgamento.

“Há 14 anos que vou sempre. Nunca faltei a nenhuma notificação junto da justiça portuguesa, mesmo estando no estrangeiro. Se houver necessidade, eu irei, mas para ir tenho de ter um motivo e ser notificado. Nunca fui notificado para ir a Portugal. Criaram a perceção de que estou fugido e eu não estou fugido de lado nenhum. Não há julgamento marcado”, disse Álvaro Sobrinho quem confirmou ter renovado sempre o seu Bilhete de Identidade em Portugal, mesmo não sendo cidadão português.

O Ministério Público diz na acusação que, além “das quantias movimentadas indevidamente a débito das contas do BESA domiciliadas no BES, em Lisboa, para crédito de contas de estruturas societárias que funcionaram em seu benefício pessoal, também em diversas ocasiões Álvaro Sobrinho utilizou a liquidez disponibilizada naquelas duas contas bancárias para fazer face ao pagamento de despesas na aquisição de bens e no financiamento direto da atividade de outras sociedades por si detidas”.

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