O secretário do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) em Viana, Kleny Silva acusa o administrador de Viana, Demétrio de Sepúlveda e a delegada da Educação, Madalena Massocolo, de falta de políticas concretas para o desenvolvimento do sector da educação no município mais populoso do país.
Segundo Kleny Silva, desde 2022 até ao ano passado, o administrador municipal de Viana, Demétrio de Sepúlveda, não desenvolveu nenhuma política pública a nível da educação.
“Desde 2022 até 2024, o senhor administrador não conseguiu manter as escolas em estado favorável, o que dizer agora que o município ficou sem escolas politécnicas e PUNIV, fruto da nova divisão político Administrativa”, frisou.
Na visão do responsável do MEA em Viana, a educação no “munícipio satélite” tem “caído de mal a pior”, devido às “más condições” que as escolas apresentam, tendo apontado “os amontoados de lixo, falta de carteiras”, bem como a não higienização das casas de banhos”, onde destaca as Escolas n°5050 e a n°5102, respectivamente.
“A escola n.º 5050 está num estado lamentável, não há carteiras nas salas de aulas, os alunos sentam no chão, o teto da escola está totalmente desaguado, quando chove os alunos ficam de férias”, relatou.
Quanto à Escola n°5102, Kleny Silva descreve que “é uma vergonha, porque a escola parece um canteiro de lixo, o chão está totalmente deteriorado, as casas de banhos estão totalmente sujas, sanitas partidas, as condições são lamentável nessas duas escolas”, lamentou.
A sua preocupação aumenta tendo em atenção os casos de cólera que diariamente são registados na capital do país, com o registo de mais de 40 mortes. O secretário do Movimento de Estudantes Angolanos, revelou que a maior parte das escolas no município de Viana “não têm água corrente”, facto que para ele, “constitui muitos riscos de contaminação para os estudantes”.
Disse que a instituição que representa já escreveu várias cartas para o gabinete do administrador, mas não obteve qualquer êxito. Kleny Silva, não poupou críticas à delegada municipal da Educação, Madalena Massocolo, a quem considera de um “figurino”, cujas suas acções são”inuteis”.
“Desde que assumimos o mandato do MEA, em Viana, estamos atrás para ter uma conversa com ela, mas parece que ela está a fugir o rabo a seringa, é uma directora quando se pede a audiência está sempre ausente do que presente”, vincou.
O dirigente do MEA manifesta-se disposto em trabalhar juntamente com a administração local e com a delegação municipal da Educação, de forma a partilhar o seu programa de acção e visão, com vista a melhorar e acudir os problemas que assolam o sector da Educação no município de Viana, por isso, insta às entidades responsáveis a olharem com maior atenção para educação, pois no seu entender, “representa um pilar fundamental para desenvolvimento de qualquer sociedade”.
O Decretou contactou Januário Damião, Director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Administração Municipal de Viana, mas não tivemos qualquer resposta sobre o assunto.
Tavares Gabriel